"Ti Toi... tive um acidente de trabalho... perdi a visão..."

Foi com estas palavras que na sexta-feira dia 18 de Novembro, pelas 18:13, eu recebi uma das noticias que mais me chocou até hoje.

O Luis Miguel, um amigo, um companheiro de longa data, um irmão de coração comunicou-me o pesadelo que está a viver...

Eu por momentos calei-me. Fiquei a pensar no que estava a ouvir e a pedir que não passasse de uma brincadeira estúpida e sem graça nenhuma.

"Tu o quê?" perguntei temendo a resposta.
"Explodiu-me um quadro eléctrico na cara... perdi a visão..." disse-me ele fazendo-se forte mas sem conseguir conter a voz trémula...

Foda-se... isto não está a acontecer. Não pode ser verdade... "estás a gozar comigo... estás não estás? Diz que estás..." era só o que eu pedia... ele tem que estar a gozar, só pode estar a gozar...

Infelizmente não... ele não estava a gozar... a explosão causou um clarão de tal forma intenso e juntamente com as faiscas que libertou, deixou-o cego.

Temporáriamente? Não se sabe. Nem os médicos o sabem dizer. Hoje passadas mais de 24 horas sobre o sucedido ainda não há melhoras.

Sabem, isto deu-me que pensar. Ontem à noite, numa viagem para o Alentejo, dei por mim a pensar nisso. Parece estúpido, mas cheguei a apagar as luzes do carro e guiar às escuras, sem ver 2 metros à frente deste. Simplesmente impossivel. Imaginei o que seria eu com os meus 28 anos, ficar cego num acidente como o Luis. O que seria a minha vida? Para ser sincero, mas mesmo muito sincero não sei se conseguiria viver, se queria viver... Acabei por dar comigo a chorar...

Luis, muita força mano. Tudo não vai passar de um susto, um grande susto, e vais recuperar, recuperar a 100%. Eu tenho a certeza, quero ter a certeza. As minhas orações estão contigo!

Aos demais... cada dia que se levantem, sorriam, sintam-se priveligiados, mesmo que a vida não corra da melhor forma, lembrem-se que há pessoas que estão bem pior...

Os divórcios estão na moda!!!

É a mais recente moda. Os divórcios. Quem não conhece alguém que se divorciou ou que se está a divorciar? As pessoas hoje e dia vão pelo caminho mais fácil, que é o de afastarem-se ao invés de conversarem e corrigirem os seus problemas. A falta de compreensão e a emancipação tanto do homem como da mulher ajudam um pouco neste sentido. Os tempos mudaram, e agora nem o rapaz, nem a rapariga têm que ser dependentes do conjuge. Já não é como aqui à coisa de 20 anos atrás onde as pessoas casavam por amor, e depois se as coisas não resultassem aguentavam ou tentavam chegar a uma solução. Não. Agora não dá, azar, cada um segue a sua vida e vamos embora...

Num fim de semana destes estive em casa de um casal amigo. Eles não são casados, casam em Dezembro. Mas já vivem juntos à coisa de um mês. O engraçado foi que quando um se encontrava sem o outro, aproveitavam a presença de uma pessoa estranha na casa para desabafarem. "A tua amiga tem andado impossivel!!! Tem-me feito a cabeça em água! Eu já não tenho paciência para ela!". Depois é a vez dela "Se eu soubesse onde me vinha meter... Olha que não é capaz de me ajudar em nada! Nem sequer a cama faz. Quando namorávamos era um querido, superatencioso, e agora não mexe uma palha!". E alguém tocou no que para mim é o ponto fundamental, o tempo de namoro. A altura em que cada um dorme em sua cama, em sua casa. O namoro quer queiramos quer não, é uma dedicação temporária, ainda que diária, mas temporária, onde não convivemos muito com o nosso par, onde estamos longe de conhecer todas as suas reacções face às situações.

Para evitar este tipo de situações, eu sou de opinião que os casais anter de se casarem, deveriam passar algum tempo juntos, mas mesmo morar juntos, mas antes de dar o nó. Desta forma o casal conhce-se, adapta-se a uma vida a 2, onde por vezes pequenos promenores dão azo a discussões tremendas. Ele é porque deixa a tampa da sanita sempre levantada, porque não faz a barba todos os dias, etc...

As pessoas já não olham para o sexo oposto como antigamente. Neste momento a luxúria ocupou o lugar que antes era dado ao amor. Amor esse que é tão banalizado que já quase não é carregado, no meio de um casal jovem. Se a tipa tem umas mamas boas, tem uma granda peida e é bonita, então é mesmo com esta... com sorte é uma doida na cama, e um gajo à partida tem tudo o que procura numa mulher. Mas quando passam a estar juntos 24 hotas por dia, 7 dias por semana, Aí é que é que se vai ver quem está ou não preparado.

Já não se pensa nos filhos, que pobres nada tendo a ver com a divórcio, acabam por se ver divididos num jogo estúpido que , e que acabam por ver um lar destruido porque as pessoas estão-se pouco borrifando para conversarem um pouco e compreenderem-se mútuamente. Talvez fosse altura das pessoas perceberem que uma jornada percorrida a 2 é bem mais fácil e muito menos morosa que uma jornada solitária onde o estúpido orgulho é a impulsão para a separação definitiva.

Esta vida já é uma merda, porque será que nós complicamos tudo tanto?