segunda-feira, março 27, 2006

As Tradições...

Já há muito que não escrevia. Não por não ter temas, mas mais porque não tenho tempo... eu bem quero, mas não estica. Mas cá estou eu, para rápidamente dizer mais qualquer coisa.

Aqui à tempos escrevi sobre a moda dos divórcios. Pois bem, agora vou escrever sobre um casamento a que fui no passado fim de semana. Não propriamente ligando os dois temas, mas mais sobre as tradições dos casamentos na minha singela terra.

Pois bem, para começar deixem que lhes diga que estou a falar de uma aldeola alentejana. Terrugem de seu nome. Fica logo depois de Borba, a 16 Km de Elvas. É uma aldeia com cerca de 1.500 habitantes e o principal meio de subsistência é a indústria dos costumes (curtição de peles para roupa e acessórios).

Bom, mas vamos às tradições:

Os convidados da noiva vão ter a casa da noiva, e os do noivo, a casa do noivo. Até aqui tudo normal.Quando é chegada a altura, a noiva/noivo sai de casa, acompanhada do seu pai/mãe. Todos os convidados perfilam-se atrás da noiva/noivo, sempre aos pares, ficando as senhoras do lado da noiva, e os senhores do lado do noivo, e numa fila maior ou menor lá vão a caminhoda igreja, a pé. Pelo caminho perfilam-se os demais populares que querem ver a noiva/noivo.

Chegados à Igreja, o noivo chega sempre primeiro, como é natural. Este entra, e depois os convidados do noivo. Quando a noiva chega à Igreja, esta espera que todos os convidados entrem, e só depois entra. Percorre o corredor e chegando ao altar o pai entrega-a ao noivo. Nesta altura ocorre um dos mais caricatos hábitos por aquelas bandas. Os homens que até então estavam dentro da Igreja debandam todos para a rua, indo para a taberna mais próxima em busca de um copito de 3 ou uma bela de uma mini, e uns amendoins. Mas nem tudo fica ao acaso, alguns ficam à porta da taberna atentos às movimentações na porta da igreja.

Lá ficam eles a beber os copos até que alguém diz: "As mulheres estão a sair!". Nesta altura os homens pousam os copos e encaminham-se apressadamente para a porta da Igreja, apanhando os seus pares. Os noivos já casados por esta altura estão a sair da Igreja. É altura dos cumprimentos e felicitações, enquanto os sinos repicam.

É novamente hora da formatura. Desta vez as posições são completamente novas. À frente vai o próximo casal a dar o nó. Depois vão os convidados, e por fim vai o casal recém casado. Também aqui os homens vão do lado do noivo, e a mulheres do lado da noiva. Algures vai o padrinho de casamento, e a madrinha de casamento, que estranhamente desde a altura em que sairam da casa dos noivos, transportam um saco rendado, geralmente muito bonito, assim tipo saco do pão. Enquanto esta romaria de gente se dirige a pé ao local onde será o copo de água, os populares vão gritando: "O padrinho/madrinha é capa rota!", ao que este/a responde metendo a mão ao saco e arremessando para os populares provocadores punhados de rebuçados que miúdos e graúdos se apressam a recolher.

Chegados ao local onde é o copo de água o resto da festa desenrola-se mais ou menos como é costume.

Assim são algumas tradições da minha terrinha...

quarta-feira, março 08, 2006

Os Meus Vicios

A Borboleta Assanhada já me havia desafiado, e agora a Vivian desafiou-me novamente, e respondendo ao desafio cá estou eu.

Felizmente ou infelizmente o tempo não me dá para tudo e com isso justifico a minha demora em responder, mas aqui vai.

Vícios... vícios propriamente ditos tenho o do tabaco, mas isso é muito básico, o que o pessoal quer são aqueles vícios que mais podem ser chamados de manias. Cá vai os que me recordo:

1º Tenho o vício/hábito/mania de humedecer o filtro de cada cigarro que fumo. Porque o faço? Não faço ideia, mas faço-o e sem dar por isso. Quando apago um cigarro apago-o mesmo, não consigo deixar um cigarro num cinzeiro se este ainda estiver a deitar fumo.

2º O volume par. Não sei porquê, tenho a pancada de sempre que o volume é medido por números, tenho que o ter em número par. Isto acontece no carro, na televisão de casa, enfim, se souber que o som do rádio está num nível de volume impar, não me sinto à vontade.

3º Esfregar o meu crucifixo. Antes de cada jogo, entre o árbitro perguntar se as equipas estão preparadas e dar início de jogo, esfrego o crucifixo e peço que tudo corra bem, nem peço para que a minha equipa ganhe, mas para que tudo corra bem, e que nós joguemos bem.

4º Não mexam na minha comida! Penso que seja um pouco do instinto animal que ainda ficou no meu subconsciente. Revolta-me se alguém tirar comida do meu prato, mas fico mesmo revoltado, posso até dizer que perco a vontade de comer. Nem que seja uma batata... a sério, eu por vezes controlo-me, e não digo nada, mas não gosto mesmo...

5º Botas! Tenho a pancada das botas. Já tive/tenho practicamente todo o tipo de botas, desde as da tropa, de montanhismo, de cowboy, de trabalho, biqueira de aço, de meio cano, de salto (mas de homem...), de motard, téni bota, enfim, de tudo, sempre gostei de botas e vou continuar a gostar. As mais antigas que tenho têm cerca de 10 anos de idade e de origem, só têm a pele de fora, de resto já foi trocado n vezes, são as minhas botas preferidas.

Já agora e só para dar mais uma mania, não consigo dormir de meias, nem tão pouco com o que for nos pés, já desde puto que assim é. Lembro-me de ser pequeno e a minha mãe calçar-me umas botas de lã, com atacabores a que a minha mãe dava nós, e mesmo assim, acordava com os atacadores atados em volta dos tornozelos e a meia descalça...

Bom, já poucas pessoas não responderam a este tipo de "cadeia", como tal convido a Rakelita e a Nica a responderem. Já agora beijos grandes para as duas, e para as duas mencionadas no topo também.