quarta-feira, outubro 26, 2005

Novela politicamente correcta...


Chamem-me maricas, chamem-me apaneleirado, chame-me o que quiserem, mas eu admito, gosto de ver os “Morangos com Açúcar”. É pá, gosto! No início comecei a ver porque quando estava no meu escritório em casa, tinha a televisão ligada, e normalmente na 4, porque gosto mais de ver o telejornal da TVI. Ora a novela dá antes e depois do telejornal, então por vezes enquanto perdia o meu tempo com a Playstation, a olhar para o boneco a Lara Croft que diga-se de passagem que está muito bem feito, com um movimentos corporais que até fazem um gajo sonhar, lá estava os Morangos com Açúcar a dar na tela. Ao princípio achei piada por ser tudo pessoal novo e tal, a banda sonora até se ouvia bem, e tal.

De algum tempo para cá comecei a tomar mais atenção à novela, e posso-vos dizer que até è bem engraçada.

Há de tudo, desde os enredos normais de uma novela, do tipo dois gajos que se odeiam e que gostam da mesma gaja, que descobrem que afinal são irmãos, desde uma gaja que engravida do pai da melhor amiga, enfim, as histórias do costume, e depois temos outros casos que focam em muito o dia a dia normal, tal como as drogas, professores lixados, festas, arrufos de namorados, relações amorosas entre pessoas de estratos sociais diferentes, intrigas, problemas na relação pais/filhos, mulheres cornudas, e sempre tudo acompanhado por uma banda sonora à altura. Não é por acaso o CD dos Morangos com Açúcar está no top de vendas à já algumas semanas.
Bom, mas o que torna esta novela “politicamente correcta” como eu já a entitulei? Ora bem, então não é que estão sempre a esfregar-nos com mensagens subliminares em frente aos olhos? Percam um pouco de tempo a ver um episódio da novela (na minha opinião não é perda de tempo, mas isso sou eu), vão ver que a qualquer sitio onde vão comprar seja o que for, não se esquecem de pedir a factura, mas se por acaso se esquecerem, o funcionário lembra logo a pessoa de que esqueceu da facturinha. É que estejam onde estiverem, até no já famoso bar dos Rebeldes (onde se passa parte do enredo), pedem a factura de uma imperial que vão beber. Isto lembra a alguém? Eu estava bem lixado se cada vez que fosse ao café me desse uma factura da imperial. Então se for uma daquelas noites de copos e mais copos. Parece que me estou a ver num meio de papelinhos brancos só com a cabeça e os braços de fora.

Mas há mais! Sim, há mesmo mais, outra situação que achei uma piada tremenda, foi numa ocasião em que três personagens da novela tiveram que se deslocar não sei onde e foram de autocarro. Ao chegarem ao destino, não pouparam elogios pela qualidade dos transportes. Comentários do tipo:” Bem, foi mesmo rápido, andar de transportes é fantástico. Vou passar a andar mais vezes de transportes. “; “ Bem, que espectáculo. Não demorámos tempo nenhum, e foi mesmo muito barato!”. Não comecei as frases com “Bem” por acaso, é que isto passa-se tudo em Cascais...

Enfim, um novela da qual não te tem a mais pequena noção nem do fim, nem de como irá acabar, a previsão aponta para algo tipo “New Wave”, onde gerações e gerações de actores vão passando, fazendo com que a novela dure anos, a fazer lembrar um série inglesa, “Neighbours”, que dava antes do saudoso “Agora Escolha”. Essa série já dava quando eu estava na primária, e quando cheguei à secundária ainda teimava e deliciar-nos (not) com os seus episódios.
Bom, com tudo isto continuo a gostar de ver a novela, e se não for por mais nada, é sem dúvida por ser produção nacional e por ter lá gajas minimamente boas.

E afinal de contas, o que é Nacional é Bom.

1 Comments:

Blogger JPS Acha que...

Cá está uma das perolas recuperadas do bau! Ti Toi no seu melhor.

A Diana é viciada nos Morangos. É ela que sabe quem é que namora com quem é porquê.

Comadre Borboleta, vocemecê ponha olho no meu genro que eu não quero que o gajo me graffite o Pujante Bogas! E deixe lá o puto ver os moços a beijar, que ele tem de aprender!

sexta-feira, outubro 28, 2005 3:22:00 da tarde  

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